O mascote brasileiro da Copa do Mundo de 2014 será um Tatu-Bola de nome Fuleco (junção de futebol + ecologia). Controvérsias à parte quanto ao nome, o mascote ficou bem legal e a escolha dessa espécie em particular veio em boa hora: os tatus, em geral, são animais bastante negligenciados - correm perigo de extinção pela caça e destruição de seu habitat; no caso do Tatu-Bola a situação é ainda mais grave. Ele é uma das 21 espécies de tatu que existem no mundo. Dessas dez habitam o Brasil. Essa espécie (Tolypeutes tricinctus) é a menor, menos conhecida e única espécie de tatu endêmica do Brasil, pois a sua distribuição se restringe à Caatinga e ao Cerrado brasileiros.
Com o aumento populacional humano - que acarreta a perda da habitat e aumento da caça - e a expansão agrícola (principalmente da soja) no oeste baiano, há a previsão de redução populacional dessa espécie de 50% em 10 anos, e sua provável extinção da natureza em 50 anos. Além disso, muitos métodos usados para cozinhar esse animal após sua caça são cruéis ao extremo: o colocam ainda vivo em formato de bola na água quente.
Que essa exposição mundial através da Copa do Mundo traga destaque merecido para esse animal incrível e incentivem seu estudo e preservação.
Outras espécies da fauna e flora brasileira receberão um destaque especial nos cartazes de algumas cidades que sediarão a Copa. Sem dúvida, esse é o evento futebolísitico com a viés mais ecológico realizada até hoje:
A Arara Vermelha no cartaz de Manaus
O Tuiuiú no cartaz de Cuiabá
A Araucária no cartaz de Curitiba
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